O autocuidado é uma forma importante de fortalecer o amor-próprio
A autoestima da mulher é fundamental e sempre merece atenção, sendo um assunto recorrente entre amigas. É bem provável que você conheça mulheres incríveis que não têm confiança em si mesmas e estão sempre se colocando para baixo por algum motivo. Talvez você até possa ser uma delas.
Ao mesmo tempo, muita gente esbanja amor-próprio e tudo nessas pessoas parece mais bonito e vivo — como se a sorte estivesse ao lado delas, fazendo com que o caminho a ser percorrido tenha menos obstáculos. O segredo desse sucesso é a autoestima: quando alguém se ama, sabe que merece muito mais!
Apesar de nem sempre ser um processo simples, a autoestima pode ser conquistada dia a dia em atitudes simples. Os perfumes e outros autocuidados, inclusive, trazem muitos benefícios nesse sentido. Sobre isso, Ana Volpe, que é psicóloga e farmacêutica industrial, conversou com a gente e trouxe algumas dicas incríveis que podem ser aplicadas na sua vida! Confira!
O que pode inibir a autoestima de uma mulher?
A falta de representatividade, seja na mídia ou no mercado de trabalho, e o excesso de crítica, que às vezes vêm desde a infância, são questões que podem minar a autoestima da mulher.
Por isso, prestar atenção no ambiente ao redor e olhar para si mesma, para se conhecer mais, são pontos que podem ajudar na construção do amor-próprio. Entenda melhor a seguir!
Mercado e ambientes de trabalho
Apesar de as mulheres terem mais diplomas universitários em comparação aos homens, de acordo com a OECD, a inclusão no mercado de trabalho não reflete essa estatística. A taxa de empregabilidade de mulheres brasileiras entre 25 e 34 anos com ensino superior é de 82%, enquanto a dos homens é de 89%.
Quando se fala em ensino técnico, 63% do público feminino está empregado, frente a 76% dos homens. Uma diferença histórica que ainda se reflete nos cargos de liderança, já que apenas 3% delas ocupam esses cargos.
Ou seja: mulheres estudam mais, mas têm menos oportunidades. Na prática, isso pode fazer com que elas acreditem que não possam ocupar altos cargos, o que não é verdade, e se contentem com menos.
Falta de representatividade na mídia
Ao longo de muitos anos, alguns padrões femininos foram impostos como referências, como corpo magro, cabelo liso e pele branca. “Com mais espaço pra todo mundo — cabelos, alturas, raças, corpos —, as pessoas se aceitam mais. Vejo isso com muita clareza”, comenta a psicóloga Ana Volpe.
A representatividade é um ponto importante na questão da autoestima da mulher. Ao se ver refletida na mídia, a aceitação vem mais naturalmente. E olha que isso custou a acontecer. Por exemplo, foi só em 2009 que a televisão teve uma protagonista negra: Taís Araújo.
Memórias e traumas desde a infância
Além de fatores externos, diversas memórias que acompanham a mulher desde a primeira infância também influenciam na construção da autoconfiança. “Depende, por exemplo, da estrutura da mãe, de acolher realmente a filha”, explica a psicóloga. O fato de sofrer críticas desde cedo também interfere nesse processo.
Como trabalhar a autoestima?
Ana Volpe explica que “a autoestima tem inúmeras variáveis, mas um meio acolhedor, que aceita as diferentes etnias e fenótipos, facilita muito. Mas o que é mais interessante disso tudo é que, se uma pessoa quiser, ela pode, sim, desenvolver a autoestima com vaidade, autocuidado e autoconhecimento”.
Um bom começo é olhar para si mesma com carinho, exaltando suas qualidades e entendendo que características vistas como defeitos, na verdade, são comuns e não diminuem seu valor. Um ótimo exemplo é o movimento Perennials, que estimula as mulheres a estarem confortáveis consigo mesmas, independentemente de rótulos e idade.
Outro ponto é o autoconhecimento, entendendo quais gatilhos podem derrubar a autoconfiança. A terapia, por exemplo, é um cuidado de longo prazo que contribui para o conhecimento de si e, consequentemente, para o desenvolvimento da autoestima da mulher.
Por que tratar a si mesma com mais amor pode ajudar?
Gostar de si mesma tem tudo a ver com se cuidar. Pense naquelas pessoas por quem você mais sente carinho — amigos, família… É comum cuidar dessas pessoas e ter atenção às suas necessidades, não é? Então, por que não fazer isso consigo também?
“Eu acho ótimo a gente se arrumar para nós mesmas, mas ainda vejo muito a demanda de atender o desejo do outro. Entretanto, cada vez mais o autocuidado pode ser um hábito”, comenta Ana. Pensando nisso, preparamos algumas dicas que podem ser trabalhadas a favor da autoestima da mulher. Olha só!
Roupas
“A escolha da roupa é uma linguagem poderosa e não-verbal de como a pessoa se apresenta. Não digo para usar roupas de marca, mas o fato de estar bem-cuidada e ter peças que estão em consonância com o seu discurso”, diz a psicóloga Ana Volpe. Por isso, vale a pena olhar o guarda-roupa e escolher aquilo que vai deixá-la para cima.
Maquiagens e cosméticos
Você não precisa obrigatoriamente usar maquiagem para se sentir autoconfiante, mas algumas escolhas podem melhorar a autoestima e é isso que vale testar, para encontrar um ponto que trabalhe a seu favor. “O cabelo, a unha, a pele, um batom vermelho, tudo pode ajudar. É uma comunicação poderosa”, lembra Ana.
Atividades físicas
Cuidar do corpo é sinônimo de saúde. Você pode praticar esportes para ser mais saudável e melhorar a sensação de bem-estar, com a liberação de endorfinas. Em longo prazo, a sua autoestima agradece!
Perfumes
O uso de perfumes é mais uma parte do autocuidado que traz um grande aumento na autoestima da mulher. “A fragrância coloca você em outro estado de humor. É importante porque nos transporta para outras situações. Quando uma marca idealiza o perfume, ela leva em conta o diagnóstico psicológico olfativo, que vai fazer com que as pessoas sintam mais conforto”.
Para levantar a autoestima: como acertar na escolha do perfume
Testar a fragrância na pele é o ponto principal. “Prove o perfume e fique com ele na pele por, no mínimo, duas horas, porque as notas de topo duram cerca de 20 minutos apenas. Então, é preciso esperar para ver como você vai se sentir com a fragrância”, diz Ana.
E tem mais uma dica importante da psicóloga: “Não vale a pena usar o mesmo que sua amiga só porque ela faz sucesso. O perfume deve trazer conforto para você mesma”.
Em tempos difíceis, o autocuidado é ainda mais importante para ficar fortalecida. Por isso, vale a pena manter sua rotina de beleza mesmo que você fique apenas dentro de casa.
Conhecer outras histórias femininas também faz bem à sua autoconfiança. Ler alguns livros sobre mulheres, acompanhando suas lutas e concretizações, pode ser algo muito inspirador. Mas lembre-se de evitar fazer comparações, afinal, a força da sua autoestima está em saber que você é única do jeito que é!
É essencial refletir sobre a autoestima, certo? Então, que tal acompanhar outros assuntos como este? Assine a nossa newsletter para receber em primeira mão os conteúdos do Universo Phebo!